Apontar o destino como causa para alguma coisa normalmente está
relacionado a boas lembranças, aos supostos amores de nossas vidas, a risos e
sorrisos. Poucos se lembram de que tal vertente de nossas vidas pode ser uma
viela escura e deserta, onde o temor impera sobre qualquer outro sentimento.
Infortúnios em sequência são colocados na arena, como se tivéssemos qualquer
condição de lutar contra tais implacáveis adversários. Se tudo estiver então
traçado, trata-se da maior ironia existente. Viver para sofrer, sofrer para
continuar vivendo, esperando ansiosamente o dia de subir os degraus da
felicidade. Otimismo, nada mais que mera ilusão de mentes pueris, é uma maneira
de distanciar-se de uma realidade inaceitável.
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